DVD Aṣṭāṅga

você pode adquirir este DVD no Espaço T'ai, na Barra ( clube Marapendi/ das 7:00 as 15:00), em Copacabana ( por favor me ligar para marcar- 94647845), ou entrar em contato para efetuar depósito e receber pelo correio.

R$ 40,00

Este DVD foi gravado dias 8 e 9 de março de 2012 pelo meu irmão, Pablo, e pela amiga Ana Isabel. Eu já havia tentado gravar minha prática anteriormente mas as duas tentativas tiveram o mesmo problema: pouca luz, pessoas e cachorros passando ( e me lambendo) e sem uma pessoa para manusear a câmera. Estes motivos me convenceram ( ou melhor, a Ana usou para me convencer)  de gravar mais uma vez. Minha gratidão aos dois.

Meu primeiro contato com o Aṣṭāṅga foi em 2001 quando minha mãe e de meu padrasto me convidaram para participar de um Work shop. Ao chegar lá me surpreendi ao saber que se tratava de um work shop sobre uma nova abordagem, ou forma de se interpretar a prática de āsanas. Eu imaginava se tratar de um workshop direcionado ao estudo filosófico do Aṣṭāṅga de Patañjali, como nós fazíamos com nosso querido professor Danilo losso.

Este primeiro contato com o Aṣṭāṅga não despertou meu interesse. Creio que a grande maioria dos participantes adorou saber que era possível praticar os āsanas  do Yoga de forma mais ativa e até suar. Na época a maioria das pessoas fazia práticas passivas e estáticas. Lembro-me de não ter curtido o ritmo e de ter desaprovado o que pra mim parecia uma tentativa de nos convencer de que aquela era a melhor maneira de se praticar Yoga.

Anos depois, em dezembro de 2003, eu embarcava para minha segunda viagem a Índia. Minha intensão era  viajar e dar continuidade aos meus estudos no KYM, Krishnamacharya Yoga Mandiran. Como minha mãe adorou o Aṣṭāṅga, me deu de presente de natal algumas semanas de prática com o italiano Lino Miele que ministra aulas todo dezembro e janeiro em Kovalam, sul da Índia. Fiquei feliz por poder fazer mais um curso e conhecer o estado de Kerala. Na ocasião aprendi a 1^a, 2^a e metade da 3^a série. O que ficou guardado dessa época, além da ordem e a maneira de entrar e sair das posturas, foi a sinceridade com que ele parecia realizar sua prática pessoal, muitas vezes fazendo apenas metade da primeira série de forma lenta e passiva, e a frase: não se trata de uma sequencia de posturas, isto é uma sequencia de respirações.

Guardo com carinho também a convivência com pessoas maravilhosas como a Greice, Neca, Ingrid, Ralph, Dom e Richard. Na verdade fiz  muita amizade conforme fui progredindo nas séries. É engraçado como as pessoas se iludem achando que alguém é mais especial por que faz posturas avançadas. Sempre vinham me  perguntar “como eu conseguia fazer aquilo?!”. Normalmente elas saiam insatisfeitas com minha resposta. Mas eu dizia a verdade: eu me concentro, relaxo e faço. Aprendi bastante também com uma senhora que devia ter uns 70 anos. Ela praticava a metade da primeira série cheia de adaptações e de uma forma muito respeitosa. Parecia não ter a menor pretensão em conquistar as sequencias. Pra mim ela só queria respirar, se movimentar, se concentrar e curtir.

Daquela época em que eu fui apresentado ao Aṣṭāṅga acredito que a grande maioria das pessoas que também começaram e se engajaram nela pararam de praticar por se lesionar. Possivelmente por displicência ou provavelmente por excesso de força e por não respeitar os limites. Curiosamente pessoas que “pregavam” o Aṣṭāṅga como uma coisa maravilhosa hoje até falam mal dela.

O principal motivo que me levou a gravar este DVD foi tentar demonstrar as sequencias do Aṣṭāṅga de uma forma gentil e afirmar que você não precisa fazer estas sequencias para ser feliz! Ainda presencio práticas aonde a pessoa literalmente “briga” com a respiração ecom a postura por achar que o importante é fazer, fazer tudo, chegar a forma final, suar, respirar auto....Eu discordo dessa abordagem, acredito que somente através da técnica, do carinho e do respeito com o corpo e com a respiração, esta prática pode se tornar benéfica.

Eu também acho interessante produzir um DVD de Aṣṭāṅga e dizer que todas as práticas, em suas infinitas manifestações, são importantes. Teste e escute seu coração. Pratique aquilo que é bom pra você

agradecimentos especiais para Ana Isabel, Isa, Pablo Koury, Andre Springfielld e Gus Leite

obs: A música de fundo sou eu tocando um tema composto para este projeto. Eu não sou tocador profissional de Sitar mas espero que gostem